Novos rostos
investimento
do
Por Natália Coelho e Larissa Carvalho
Dinheiro no bolso
A geração que não se contenta em guardar capital
Casar, sair de casa, pagar pelos estudos, viver fora ou até ficar rico. Esses são alguns dos objetivos que permeiam os pensamentos dos jovens do século XXI. Entretanto, essas metas entram em conflito com um obstáculo: o capital.
Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de 2019 sobre jovens de 18 a 24 anos, 53% dessa geração já realiza controle das finanças pessoais, ao passo que 78% já tem alguma fonte de renda. Nesse cenário, é possível observar um número relevante de jovens que já ganha dinheiro e já o administra.
Ainda segundo a análise, 52,8% dos integrantes desse grupo que consegue guardar algum dinheiro no final do mês, ainda mantém o dinheiro em poupanças. 24,6% guardam em casa e 20,2% em contas-corrente. Essas formas mais tradicionais de economia não só facilitam o acesso ao dinheiro - o que dificulta no objetivo de economizá-lo -, mas têm rendimento baixo ou até nulo.
Esse obstáculo, entretanto, não impede que o jovem dessa faixa etária pense em como usar o capital, visto que o dinheiro guardado, em grande parte, já tem destino definido. 33% guarda dinheiro para imprevistos, mas 21% pensa em viagens, ao passo que 19% já tem em mente a casa própria.
53% dos jovens entre
18 e 24 anos já realiza controle de finanças
Eles estão no mercado
Mas seja para um novo celular, casar ou até garantir a aposentadoria, o fato é que a educação financeira, aliada com a facilidade do processo de investimento, tem feito aumentar o número de jovens que resolve colocar parte de seu dinheiro em formas menos tradicionais. Esses meios, que variam entre a renda fixa (mais segura e menos rentável) e a renda variável (menos segura, porém com mais chances de gerar mais capital em menos tempo), têm sido nova solução para quem deseja multiplicar o capital.
Em 2017, a participação de jovens entre 16 e 25 anos que aplicam na bolsa de valores, caracterizada como renda variável, cresceu 28,6%, segundo a bolsa de valores oficial do Brasil, a B3. Já no Tesouro Direto, que se classifica como renda fixa, o aumento de participação desse grupo foi de 142%.
Outro fator que influencia o crescimento no segmento é o baixo valor mínimo cobrado por instituições financeiras para a primeira aplicação. Com R$ 30, por exemplo, já é possível comprar algum título no Tesouro Direto.
"A participação de jovens entre 16 e 25 anos que aplicam na bolsa de valores, caracterizada como renda variável, cresceu 28,6%"
Novos Rostos do Investimento
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2019 - Universidade de Fortaleza (Unifor)